terça-feira, 4 de novembro de 2008

DEIXEM-ME SER EU ...

Serenamente, a noite vai entrando sem que, para isso, necessite pedir licença.
Traz consigo um turbilhão de vivências que eu quero esquecer; são pessoas, pensamentos, frases, atitudes, enfim, ..., momentos.
Numa luta incessante, aguardo que o cansaço tome conta de mim.
Em vão.
No palco das minhas emoções, os actores atropelam-se em falas que eu quero esquecer.
Chega.
As luzes apagam-se e, com elas, o silêncio impõe-se. São escassos instantes de repouso.
As luzes acendem-se de novo. Eles voltam. Agitam-se. Balbuciam palavras que se atropelam em movimentos estonteantes.
Parem! Parem!
As luzes voltam a apagar-se. Acendem-se. Apagam-se. Acendem-se...
Eis que, por uma fresta da persiana, um tímido raio de luz se espraia.
Um novo dia começa.
Rostos, frases, atitudes, ..., vão regressar.
NÃO!
Eu vou resistir. Só vai entrar quem eu quiser.
Sei que, melancolicamente, vou sorrir.
Vou ser EU ...

Bem-Hajam os meus amigos