segunda-feira, 27 de abril de 2009

PAIXÃO ...


À noite,
o silêncio
rasga o véu,
ondulante,

envolve os corpos,

soltos à magia da descoberta.


Neles se encontram,

e renegam,
paixões que queimam
no intenso fulgor de vidas
esquecidas
latentes
adormecidas;

mas, eternamente, vividas.


São prisioneiros do amor,

escravos da dor,
que eternizam a paixão

fundindo seus desejos

numa dança de corpos,

orquestrada,

pela batuta silenciosa,

da noite.


por Isabel

domingo, 19 de abril de 2009

SONETO DE AMOR ...


Não me peças palavras, nem baladas,

Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

José Régio